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terça-feira, 8 de junho de 2010

The cottage her


“Neste mundo de faladores, [. . .] é pensadora e fazedora. Não diz muita coisa, a não ser que alguém pergunte, o que pouca gente faz. Quando fala, dá a impressão de ser uma espécie de alienígena que vê a paisagem das idéias e experiências humanas de modo diferente de todas as outras pessoas.

O que acontece é que as coisas que el[a] diz causam um certo desconforto em um mundo onde a maioria das pessoas prefere escutar o que está acostumada a ouvir, o que freqüentemente não é grande coisa. Os que [a] conhecem geralmente gostam muito de [. . .], desde que el[a] mantenha guardados seus pensamentos. Porque as coisas que [. . .] diz nem sempre deixam as pessoas muito satisfeitas com elas mesmas.

Uma vez [. . .] me contou que quando era jovem costumava se abrir com mais liberdade, mas admitiu que a maior parte dessas conversas era um mecanismo de sobrevivência para encobrir suas feridas. Freqüentemente acabava derramando a dor sobre quem estivesse por perto. Disse que tinha prazer em apontar as falhas das pessoas e humilhá-las para manter seu sentimento de falso poder e controle. Nada muito elogiável.

Pequenas gotas de sarcasmo escorrem às vezes pelas rachaduras de seu reservatório, como dardos cortantes cheios de veneno.

Assim como a maior parte das nossas feridas tem origem em nossos relacionamentos, o mesmo acontece com as curas, e sei que quem olha de fora não percebe essa bênção.

Os últimos anos foram... como é que posso dizer... notavelmente peculiares. [. . .] mudou: agora está ainda mais diferente e especial.

Os dias de hoje são muito diferentes de há sete ou oito anos, quando a Grande Tristeza entrou em sua vida e el[a] quase parou de falar. [...] acordo mútuo não verbalizado.

Basta dizer que estes últimos anos parecem ter devolvido a vida de [. . .] e tirado o fardo da Grande Tristeza. O que aconteceu há três anos mudou totalmente a melodia de sua vida e é uma canção que mal posso esperar para tocar.

‘Se você odiar esta história, desculpe, ela não foi escrita para você.’ Mas eu quero acrescentar: afinal, talvez tenha sido.”

(W. Young)

terça-feira, 27 de abril de 2010



"É melhor eu deixar essa história de gostar de verdade e encarar os fatos. [. . .] Aprendo a fazer bolo [. . .] e me conformo com uma vidinha de marido que trai." (a. d.)
"A tragédia sempre me perseguiu.

Um brinde a Felicidade.

Ela sempre está perto. Sempre está a esquerda do meu corpo, lugar onde eu escrevo, onde tenho minha transversal inflamada há 6 meses.

Um brinde a Felicidade, aquela que finge sorrir o tempo todo.Um brinde a ela, aquela que atravessa uma "pista cheia de buracos". Cai/caleja em todos.

Um brinde a felicidade, essa sim se esqueceu de mim, ela passa perto, mas nem mesmo olha na minha cara.

Para quem se encontra na Merda, Merda escrita com letra maiúscula, porque para mim isso sim é um Lugar.”

(Andreza Conceição)
"Chega uma hora na vida em que você descobre:
quem te interessa,quem nunca te interessou,
quem não te interessa mais e quem ainda vai te interessar.
Portanto, não se preocupe com quem já fez parte do seu passado;
há um motivo para não estarem no seu futuro."


quinta-feira, 8 de outubro de 2009

Oração dos Estressados (Luís Fernando Veríssimo)

Senhor, dá-me serenidade para aceitar as coisas que não posso mudar, coragem para mudar as coisas que não posso aceitar, e sabedoria para esconder os corpos daquelas pessoas que eu tiver que matar por estarem me enchendo o saco.

Também, me ajude a ser cuidadoso com os calos em que piso hoje, pois eles podem estar diretamente conectados aos sacos que terei que puxar amanhã.


Ajude-me, sempre, a dar 100% de mim no meu trabalho: 12% na segunda-feira, 23% na terça- feira, 40% na quarta-feira, 20% na quinta-feira e 5% na sexta-feira.


Ajude-me sempre a lembrar: quando estiver tendo um dia realmente ruim e todos parecerem estar me enchendo o saco, que são necessários 42 músculos para socar alguém e apenas 4 para estender o meu dedo médio e mandá-lo para aquele lugar...


E dai-me paciência para agüentar meu chefe pois se eu pedir força... Eu bato nele!


[Que Assim Seja!]


domingo, 30 de agosto de 2009

No ritmo do banzo

(Andreza Conceição)

Com o coração apertado o sofrimento lateja!

Não, essa não é mais uma de amor.

Olho pr’o lado, só olhos atormentados – o medo. Do outro lado, a boca fala outras línguas ou a mesma. A minha, seca num grito silencioso. Nem todas as bocas gritam o medo. Muitas calam-se.

As mãos, não as sentia mais. Nelas pingava o suor que escorria do corpo. O corpo do outro. Tantos outros que a conta se perdia em meio à escuridão e ao embalo do mar.

O sofrimento se multiplicava em olhos, boca, suor e nos outros, tantos aflitos.

Tensão. Fuga.

Em alto mar são raras as chances de saída. Aqui, elas não existiam. As correntes são fortes e se prendem ao meu grito, ao suor, ao sofrimento de todos. Todos juntos num só murmúrio.

Tristeza e nostalgia – banzo.

Meu murmúrio era calado. Não suportava aquela agonia.

Suor, sangue, sofrimento, murmúrio.

Dor no peito. Tontura. Espuma. A idade já pesa. O banzo se esmera em alto mar. O grito não sai. Todo grito é suportável ao lamento da dor. Mas esse não o era. E eu ali sentado, entre correntes e corpos. Tantos.

Suor, sangue, dor, espuma, murmúrio – morte. Tão lenta quanto o último pingo do suor no seu rosto. Como um bom ser humano, pensei: antes ele do que eu.
Ver sofrimento alheio é imaginar-se livre de algumas dores.

Logo vi escrito na tua face: antes aqui do que lá.

Perguntei-me onde. No ritmo do banzo, a história te conta. A mais corriqueira delas.

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domingo, 14 de junho de 2009

Divã: nacional, bom e barato


Divã.
Consultório. Divã. Lopes. Médico. Monólogo.

Divã. Casamento. Marido. Divã. Filhos. Esposa.

Rotina. Divã. Amiga. Crise. Mãe. Saudades.

Pai. Traição. Divã. Sexo. Nua. Chuva.

Divã. Drogas. Polícia. Divórcio. Divã. Balada. Banheiro.

Cabelo. Divã. Cabeleireiro. Repica. Mudança. Divã.

Divã. Morte. Tristeza. Felicidade. Divã. Lopes.